quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

PIRACURUCA - A Terra dos Irmãos Dantas



História

O município de Piracuruca encontra-se no coração do nordeste brasileiro. Sua história ainda é pouco pesquisada, repleta de mitos e lendas. Não se sabe a data da criação da Freguesia de Nossa Senhora do Monte do Carmo de Piracuruca. Mas, de acordo com o historiador Pe. Cláudio Melo, em seu livro Fé e Civilização, provavelmente acontecera em 1722 ou em 1723, em razão do desmembramento da Freguesia do Surubim (Campo Maior). É provável que o primeiro sacerdote tenha sido o Pe. João da Costa Pereira, sesmeiro e desbravador desde o século XVII. Sabe-se que, em 1732, o Pe. José Lopes Pereira iniciou suas atividades, interrompendo-as em 1742, quando fora transferido para a recém criada Freguesia do Desterro do Piauí. Segundo o Pe. Cláudio Melo, o vigário José Lopes Pereira ainda retornaria em dois períodos: de 1763 a 1767; e o último, de 1772 a 1780. Durante seu exercício fora auxiliado por frades carmelitas e outros missionários.O início da data da construção da Igreja de Nossa Senhora do Monte do Carmo é ignorado. A história corrente na região diz que ela está associada aos irmãos Manuel Dantas Correia e José Dantas Correia. Porém, desconhece-se se os dois tinham alguma ligação com os carmelitas e mercedários que atuavam no norte do Piauí. Uma de suas primeiras imagens, Nossa Senhora do Monte Serrate, fora trazida da Ermida de Nossa Senhora do Monte Serrate, construída em 1711 pelo Coronel Pedro Barbosa Leal na Vila Velha da Parnaíba, em razão do aumento dos ataques dos Tremembés à região, no começo do segundo decênio do século XVIII.

A freguesia de Nossa Senhora do Monte do Carmo tornou-se vila de Nossa Senhora do Carmo da Piracuruca através de Decreto Regencial em 6 de julho de 1832, e foi emancipada politicamente, elevando-se à categoria de cidade pelo Decreto Estadual nº 01, de 28.12.1889.

Piracuruca é um nome indígena que significa "peixe que ronca". A cidade foi fundada a partir de antiqüíssima fazenda de gado, situada às margens do rio do mesmo nome, na rota da passagem de colonizadores que do Ceará adentravam pela terra dos índios Tocarijus, rumo ao Maranhão.

A cidade guarda até hoje a aparência da arquitetura do tempo colonial e destaca-se pela hospitalidade do seu povo. A economia baseia-se na pecuária e no extrativismo da carnaubeira, palmeira nativa que produz resinas vegetais de larga aplicação na indústria.

O início da data da construção da Igreja de Nossa Senhora do Monte do Carmo é ignorado. A história corrente na região diz que ela está associada aos irmãos Manuel Dantas Correia e José Dantas Correia. Porém, desconhece-se se os dois tinham alguma ligação com os carmelitas e mercedários que atuavam no norte do Piauí. Uma de suas primeiras imagens, Nossa Senhora do Monte Serrate, fora trazida da Ermida de Nossa Senhora do Monte Serrate, construída em 1711 pelo Coronel Pedro Barbosa Leal na Vila Velha da Parnaíba, em razão do aumento dos ataques dos Tremembés à região, no começo do segundo decênio do século XVIII.

A freguesia de Nossa Senhora do Monte do Carmo tornou-se vila de Nossa Senhora do Carmo da Piracuruca através de Decreto Regencial em 6 de julho de 1832, e foi emancipada politicamente, elevando-se à categoria de cidade pelo Decreto Estadual nº 01, de 28.12.1889.

Piracuruca é um nome indígena que significa "peixe que ronca". A cidade foi fundada a partir de antiqüíssima fazenda de gado, situada às margens do rio do mesmo nome, na rota da passagem de colonizadores que do Ceará adentravam pela terra dos índios Tocarijus, rumo ao Maranhão.

A cidade guarda até hoje a aparência da arquitetura do tempo colonial e destaca-se pela hospitalidade do seu povo. A economia baseia-se na pecuária e no extrativismo da carnaubeira, palmeira nativa que produz resinas vegetais de larga aplicação na indústria.

Localização

Está localizado no norte do estado do Piauí, Brasil. A distância entre a sede e a capital do estado, Teresina é de 196 km, que podem ser vencidos em 03h 30 min de viagem, com acesso pela BR-343, ou pela PI-115.


Turismo

O potencial turístico do município de Piracuruca encontra no Parque Nacional de Sete Cidades o seu maior ícone, mas não pára por aí. A arquitetura e os casarões do centro da cidade, a monumental igreja matriz construída de pedra em estilo barroco e a rica história da cidade formam interligadas entre si, um conjunto de beleza que enche os olhos de que vem conhecer de perto.

Os irmãos Dantas

Os irmãos portugueses Manuel Dantas Correia e José Dantas Correia são sempre referidos quando se indaga sobre as origens da cidade de Piracuruca; eles foram os construtores da Igreja de Nossa Senhora do Monte do Carmo em torno da qual surgiu o povoado que deu origem à vila e à cidade que conserva o nome de Piracuruca. O local onde foi construída a Igreja fica pouco distante da antiquíssima capela da então fazenda "Sítio" onde se faziam os predicamentos da "freguesia" da Piracuruca cuja existência é anterior, talvez, á vinda dos irmãos Dantas. A comprovação desse fato reside na documentação da transferência do Padre José Pereira ordenada pelo Bispo D. Frei Manoel da Cruz, da então "freguesia da Piracuruca para a de Marvão" e datada de 27 de novembro de 1742.

Não existe uma data concreta com relação à chegada dos Irmãos Dantas a Piracuruca, 1718, 1726, 1743, são algumas das datas que presume-se ter ocorrido o fato.

Qualquer que tenha sido a data em que chegaram às terras de Piracuruca, o resultado foi que ambos trabalharam muito. Implantaram 9 fazendas e dos lucros obtidos com a venda dos rebanhos retiraram recursos para pagar os obreiros empregados na colheita e talhamento das pedras que serviram à edificação da Igreja. Os materiais foram retirados do leito do Rio Piracuruca e ali talhados em blocos que eram transportados em carros de boi até o local da construção.
O falecimento de Manoel Dantas Correia, possivelmente em 1743 marcou a suspensão dos trabalhos de construção da Igreja que já estava quase terminada. Não há referências nem assentamentos a respeito do óbito; por tradição oral repete-se que seu corpo foi sepultado dentro do templo em frente ao local onde, anos mais tarde foi construído o altar-mor.

Quanto a José Dantas Correia, não se tem nada comprovado com relação ao seu paradeiro, entre as várias suposições diz-se que o mesmo deixou Piracuruca e viajou para o Rio Grande do Norte onde fundou a cidade de nome Carnaúba dos Dantas, outra versão, induz em viagens que fez para o litoral de Pernambuco onde dedicou-se à moagem da cana-de-açúcar e ainda que o mesmo viajou de volta para Portugal.

Foram vários os bens deixados pelos irmãos em favor da manutenção da Igreja de Nossa Senhora do Carmo e ao seu Orago, ou seja à promoção do seu calendário de festas e venerações.

Fonte: Apontamentos Históricos da Piracuruca - Jureni Machado Bitencourt



A lenda da construção da Igreja de N. S. do Carmo


Conta a lenda que os irmãos José e Manoel Dantas Correia, portugueses, aventureiros em busca de ouro e pedras preciosas, ao entrarem nos limites do então lugarejo (Piracuruca), foram aprisionados por índios antropófagos. Apelaram, então, para a fé e fizeram uma promessa à santa de sua devoção: Nossa Senhora do Monte do Carmo. Caso fossem libertados pelos índios, construiriam um templo em sinal de gratidão à graça recebida. Logo após serem soltos, trataram de cumprir a promessa.

Ainda segundo a lenda, a construção do templo foi iniciada em outro local. Porém, a imagem da santa desaparecia, à noite, e era reencontrada na manhã seguinte no tronco de uma carnaubeira. Após a repetição desse acontecimento por várias noites, decidiram erigir a igreja onde a imagem reaparecia.

Fonte: Arquivo


Um comentário:

Aureliano disse...

A história do surgimento de cidades, as lendas e os acontecimentos que giram em torno dessa história, sempre me fascinam. Muito instrutiva sua pesquisa. Parabéns!